domingo, 28 de agosto de 2011

Dê ao macaco o que é do macaco e a César o que é de César


O filme Planeta dos Macacos – A Origem, não é sobre macacos, mas sim sobre humanos. O que um ser um humano é capaz de fazer por sua espécie. Pelo que é visto nesse filme, qualquer coisa.




Baby César
 O jovem cientista Will Rodman, intepretado por James Franco (Homem Aranha, 127 Horas) busca a cura da doença de Alzheimer usando terapia gênica. No processo usa chimpanzés como cobaias. Ao usar a droga neles, um dos efeitos colaterais é dotar o animal de uma super inteligência. Após alguns acidentes na empresa que trabalha, os cientistas têm que sacrificar os animais, mas por pena, um bebê chimpanzé é poupado, sendo levado para casa por Rodman. Este macaquinho é César, o protagonista do filme.

O ponto chave do filme é o César. Ele é um chimpanzé com uma inteligência fora do comum, herdada de sua mãe, Olhos Brilhantes. Uma figura a se admirar durante todo o filme. Ele cativa pelo seu comportamento humano. É um macaco com um comportamento muito mais inteligente do que todos os humanos que estão no filme.






André Serkis, o Golum interpreta César
A partir do momento que César percebe que é tratado como um animal de estimação, o filme toma outro sentido. Esse sentimento é brilhantemente interpretado por André Serkis, ator que dá vida ao macaco César. Serkis já interpretou Golum, na trilogia O Senhor dos Anéis e com certeza merece receber um Oscar pelo papel de César. Se o filme fosse totalmente focado nele, seria irado. Nas cenas com ele, o filme ganha outra vida.

César ensina uma coisa brilhante, que eu gosto muito: “Um macaco sozinho, é fraco. Vários macacos junto, são fortes”.

Esta Origem de Planeta dos Macacos é totalmente plausível. Todas as explicações para os outros filmes, (menos talvez o mais atual, de Tim Burton) estão lá. O Diretor Rupert Wyatt se prepara para fazer uma trilogia a partir dessa origem e com todo o contexto apresentado, aparenta ser uma ótima história, pelo menos convincente.

Apesar de o filme ter duas horas, achei que passou muito rápido. A história poderia ter mais consistência, mais sustância, mais ação. Dava pra fazer. Principalmente se focasse mais nos macacos. Mas como o plano é fazer uma trilogia, talvez por causa disso ficou tão curto. O roteiro é ótimo, não tem nenhuma ponta solta. Todos os animais foram computadorizados, efeito Avatar, então ficaram perfeitos mas nitidamente dá pra ver que são computadorizados.




César e a Droga ALZ-112, que cura o Alzheimer
Mas como eu disse no começo, o filme não é sobre macacos e sim sobre os humanos. A espécie humana deve ter mais respeito com os animais e seus modos de vida, principalmente com as espécies mais próximas. A que ponto o homem pode ir com a ciência e a medicina? Tudo tem seu limite e principalmente os cientistas, que usam animais para experiências e o descartam como objetos.
Os macacos retratados no filme são retratados como verdadeiros presidiários, levantando a questão também de como tratamos a nossa própria espécie.




César e o Cientista Rodman (James Franco)
Todo ser vivo merece ser respeitado, todos tem personalidades, uma vida! César nos ensina muito nesse filme, pra quem não viu preste muita atenção nele. Principalmente na forma de pensar em conjunto com os outros macacos, tudo em prol de um bem comum, exemplo esse que deveria ser seguido pela espécie humana.

Trailer: