segunda-feira, 30 de maio de 2011

“Salvem o Rio Tubarão”

Pescaria na ponte do centro da cidade de Tubarão. Será que dá peixe? Confira no vídeo, qual  a reação da população tubaronense ao saber que o rio ainda vive? aos trancos e barrancos, mas ainda vive...


Cláudio Neto (sentado), André Wendhausen (segurando o peixe) e Eduardo Milioli (filmando), alunos da 5ª fase de Pulicidade e Propaganda da UNISUL,  mostraram muita criatividade e consciência ecológica ao protestar de maneira inusitada, em plena ponte Nereu Ramos.

O Rio Tubarão

O rio Tubarão é um rio brasileiro do estado de Santa Catarina. O nome do rio não se relaciona ao peixe homônimo. É uma variação do nome pelo qual o rio era denominado pelos índios, Tubá-nharô, que significa, em tupi-guarani, pai bravo.

Aspectos Ambientais
A bacia hidrográfica do Rio Tubarão abrange atualmente 20 municípios, favorecidos por um rico sistema hídrico. O rio é o principal elemento da bacia hidrográfica, com estreita relação com a sociedade, fornecendo água para o abastecimento público, indústrias nos seus processos produtivos, irrigação na agricultura, pecuária e também para a suinocultura.
Segundo a FATMA (1997), esta bacia coloca-se em décimo lugar entre as mais poluídas do Brasil, constituindo uma das três regiões consideradas críticas no estado.
O estuário do Rio Tubarão é um ecossistema complexo, servindo até de berçário para muitas espécies. A comunidade pesqueira do complexo lagunar mantém uma relação estreita com ele, o qual garante a subsistência de milhares de famílias.
As instâncias hidrominerais e termais existentes na Bacia (principalmente no município de Gravatal) possibilitaram a implantação de indústria do engarrafamento d'água e da implantação de uma rede hoteleira, que alimenta a indústria do turismo e com a sua nova modalidade, o turismo ecológico (turismo rural).
A região da Bacia do Tubarão apresenta uma intensa relação homem-meio, através da diversidade das atividades econômicas e sua implicação direta com a questão ambiental. Todos esses aspectos que caracterizam a ocupação humana ao longo do rio revelam a utilização e exploração do meio de forma irracional, acarretando problemas que comprometem a qualidade de vida local. Estudos efetuados pela FATMA (1988) indicam uma carga poluidora equivalente a 1,3 milhão de pessoas, com uma demanda bioquímica de oxigênio de 68.000 kg/dia e uma carga de ácido cianídrico de 91 kg/dia. As principais emergências da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão são:
A escassez da pesca, no estuário do rio, provocada pela mudança das características físicas da água e também pela pesca predatória;
A poluição hídrica, no município de Capivari de Baixo, provocada pelo beneficiamento do carvão e pelas atividades da usina termoelétrica (Gerasul);
A prática intensiva da rizicultura e intensa utilização de agrotóxicos nas culturas locais;
A intensa atividade da suinocultura, com seus dejetos lançados nos cursos d'água e associada ao intenso plantio de milho, para produção de ração animal, têm causado impactos ambientais
consideráveis;
O despejo dos resíduos sólidos domésticos e hospitalares que por não terem um destino adequado comprometem a qualidade da água da região, pois o chorume produzido pela decomposição do lixo e sua lixiviação pelas águas da chuva contribuem para o aparecimento de substâncias químicas nocivas;
A intensa atividade das fecularias da região e o despejo dos seus efluentes diretamente nos cursos d'água desencadeia o processo de eutrofização, interferindo no ecossistema local;
Os poluentes oriundos das cerâmicas e das olarias é outro fator que contribui consideravelmente para a degradação ambiental da região. A água utilizada na lavagem de moinhos e tanques é lançada diretamente nos cursos d'água;
Os níveis de acidez, a concentração de sulfatos, ferro, níquel, cádmio e sólidos totais encontram-se muito alterados.
A água sempre foi considerada fonte inesgotável de vida e saúde. Porém, encontrar o líquido precioso, de forma transparente e pura é cada vez mais difícil. No rio Tubarão essa realidade é presenciada diariamente pelos moradores do Sul do Estado. É difícil passar pelo centro do município de Tubarão, por exemplo, sem notar a cor esverdeada que denuncia a agonia vivida pelo manancial. O Rio Tubarão nasce no pé da Serra do Rio do Rastro, na localidade de Rocinha, interior de Lauro Müller. A água que brota de sua nascente é límpida, cristalina e consumida sem nenhum tratamento pelos moradores da região. É quase impossível acreditar que aquele é o mesmo rio que, quilômetros depois, irá desembocar na lagoa de Santo Antônio, em Laguna. Mas, é só andar mais um pouco em direção ao centro de Lauro Müller que já é possível notar a diferença na qualidade da água. Em linhas gerais, pode-se considerar que além de todas as interações e co-relações que a água desempenha em toda a forma de vida do ecossistema, o homem a utiliza na sua higienização, na alimentação, no lazer, como elemento integrante de uma paisagem, na dessedentação dos animais, na irrigação e na indústria química e de alimentos.


Aspectos Econômicos
As principais atividades agrícolas que são desenvolvidas na região do Rio Tubarão são a produção de arroz, mandioca, fumo, banana, tomate, feijão, cana-de-açúcar e a horticultura. Na parte da agropecuária, destaca-se a bovinocultura de corte e leite, a suinocultura e avicultura de corte e postura. Na região vem, também, ganhando força a piscicultura (criação de peixes) e o surgimento da carcinicultura (criação de crustáceos) está apresentando bons resultados.
Num período de onze anos, ente 1980 e 1991 ficou constatado que cerca de 63% da população da região saiu da área rural. A área urbana absorveu grande parte do êxodo, mas muitos foram para outras regiões. Mesmo com isso a quantidade da população rural ainda é expressiva na área, cerca de 34%.
Com as diversas atividades da região, ocorre, nos últimos anos, vários conflitos ligados ao uso da ocupação do solo, da água; degradação ambiental causada pela extração mineral e pelo plantio às margens do rio, o que trás dejetos para o leito do rio através da erosão; ao uso abusivo de agrotóxicos; e o lançamento de dejetos de suínos diretamente no rio, sem nenhum tratamento, mostrando o descaso da sociedade com sustentabilidade local.


Fonte: Wikipedia
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