terça-feira, 29 de setembro de 2009

Senta que lá vem uma História de Imbituba

Para quem não conhece a história por trás da história desse apego que Imbituba tem pela Baleia-Franca, segue a história da Pesca da Baleia em Imbituba:


As atividades da pesca da baleia foram deflagradas no sul do Estado, por determinação do Marquês de Pombal, no ano de 1796. Em seu retorno ao Rio de Janeiro, após inspecionar os trabalhos de colonização em Imbituba, no ano de 1715, o Capitão manoel Gonçalves de Aguiar havia recomendado ao Governador, a instalação de armação para a pescaria baleeira.
A armação em Imbituba, a quarta do Brasil, foi fundada em 1796 por Pedro Quintela e João Ferreira Sola, os quais pagavam uma taxa de exploração à Coroa Real. Os lucros eram compensadores. Baleias de grande porte eram arpoadas quase semanalmente e rebocadas para os barracões, onde se procedia o retalhamento e retirava-se a gordura para derreter em grandes caldeiras. O azeite apurado tinha dupla utilidade: era usado para iluminação pública das poucas cidades brasileiras, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo; utilizava-se também na argamassa destinada às construções de fortalezas e edifícios, oferecendo-lhes resistência semelhante ao cimento, inexistente na época.
A descoberta do petróleo americano, ente 1867 a 1870, com a consequente fabricação do querosene, constituiu-se no principal motivo da decadência da pesca da baleia, pois o azeite já não mais interessava para a iluminação pública das poucas cidades brasileiras. Outro fator de primordial importância foi o início da fabricação do cimento Portland, pois como se sabe, o azeite era aplicado à argamassa, para dar mais consistência às edificações de fortalezas e prédios. O querosene produzia iluminação superior àquela derivada do azeite e o cimento oferecia mais resistência à argamassa.
A pesca da baleia extinguiu-se completamente em 1829. O Barracão da Baleia foi reconstruído e transformado no Museu da Baleia de imbituba em 1998.
O Museu da Baleia resgata parte da história de Imbituba, quando as Baleias-Franca eram caçadas. No Museu estão expostos equipamentos e instrumentos usados na caça à baleia.
Hoje a baleia é preservada, e visita o município de junho a novembro, propiciando o turismo de observação de baleias.